domingo, 21 de agosto de 2011

Gênero: Aventura/Ação/Fantasia
Direção: Rob Marshall
Ano: 2011


  A competência e versatilidade do ator Johnny Deep é inquestionável, transformando ele em um verdadeiro camaleão cinematográfico (e ele realmente incorporou o animal na recente animação chamada Rango). Os mais nostálgicos certamente citarão sua atuação em Edward Mãos de Tesoura ou no excelente Don Juan DeMarco, porém, particularmente, não consigo mais desvencilhar a imagem de Deep do carismático capitão Jack Sparrow, protagonista da franquia Piratas do Caribe. Sério, dificilmente outro pirata surgirá nos cinemas para desbancar o andar atordoado, os trejeitos com as mãos, as múltiplas expressões faciais e a eterna sede por rum demonstrada em Sparrow. Enfim, após o controverso e criticado terceiro capítulo da franquia, nos deparamos com a quarta parte das aventuras piratas mais famosas da Disney.
De início duas considerações importantes devem ser feitas, possivelmente sintetizo aqui toda a minha opinião:

(1) Navegando em Águas Misteriosas não supera ou iguala a qualidade presente nos dois episódios iniciais (A Maldição do Pérola Negra e O Baú da Morte), sendo classificada apenas como uma boa aventura, entretanto (2) como um recomeço para a franquia, que sofreu um certo desgaste em No Fim Do Mundo, a obra atual se mostra altamente promissora.
 O plot seguido é exatamente o mostrado no fim do terceiro filme, com a busca pela lendária Fonte da Juventude. O nosso protagonista e anti-herói Jack Sparrow (Deep) se vê em uma emaranhada confusão envolvendo o já conhecido capitão Barbossa (Geoffrey Rush), uma nova ameaça representada pelo temido Barba Negra e a presença de uma antiga conhecida (interpretada por Penélope Cruz, com a qual Johnny já atuou em Profissão de Risco). Cada qual com seus objetivos pessoais, porém todos caminhado para o mesmo local, o que certamente tem tudo pra acabar em muitos problemas.
A trilha sonora empolgante é a mesma, mas certamente muita coisa mudou. Começando pela ausência de figuras já conhecidas pelo público, como Elizabeth Swann e Will Turner (não, isso não é spoiler e NÃO, o Turner não faz tanta falta, lógico). Eu realmente sinto falta do lançamento de boas produções de aventura com bons efeitos e cenas de ação, nisso o filme não decepciona. Ao mesmo tempo algumas falhas na história são claras, como a inserção de personagens sem muito a acrescentar, embora não arrisque dizer que em um próximo filme eles não sejam importantes. Jack continua aquele velho e bom malandro de sempre, o que nos rende ótimas cenas, como a sequência inicial, mas sinto que ele se tornou moralmente mais correto, talvez um amadurecimento, fruto dos filmes anteriores; uma mudança sutil, mas que corre o risco de descaracterizar levemente o personagem.
 Realmente torço pela volta de algumas pessoas nas produções futuras, o que já foi presenciado com a volta do Barbossa no final do Baú da Morte.
Para os fãs do gênero, uma boa obra. Para os fãs de Johnny Deep, indispensável. Nos resta aguardar o que está por vir, mas deixo claro minha opinião: enquanto houver o capitão Jack Sparrow, continuo assistindo sem pestanejar!

Obs.: Só ressaltando para os menos atentos: a atriz Judi Dench faz uma pequena participação no começo. Isso sim que é figurante de luxo!

2 comentários:

Marcio Melo disse...

Não consegui ver o terceiro todo, tentei umas 4 ou 5 vezes e desisti de ver este piratas 4. Depois do segundo desanimei total, só curti mesmo o primeiro.

Dayane Abreu disse...

Estou na mesma que o Marcio. Mas os filmes são divertidos, e sem dúvidas, o Depp contribui muito com isso.

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