Direção: Tim Burton
Ano: 2007
Eu poderia sintetizar todo o meu palavreado que está por vir em apenas uma frase:
É um musical dirigido por Tim Burton.E o que isso significa? Aos mais atentos conhecedores da trajetória cinematográfica do diretor, certamente saberão reconhecer a sombriedade de suas obras. Com um estilo peculiar, sempre girando em torno do imaginário humano com elementos bizarros, cenários retorcidos e um mundo extremamente particular, eu sinceramente me pergunto se aquele cara enxerga a vida em preto, branco e vermelho. Não posso esquecer de sua tendência em escalar no seu casting de atores os igualmente excêntricos Johnny Deep e a Helena Bonham Carter, esposa do Burton. E aí você pensa: O que pode sair de um musical deste? Uma experiência semelhante ocorreu na animação nada infantil O Estranho Mundo de Jack, que apavorava minha infância, mas pela qual hoje tenho respeito e até gosto bastante. Embora a direção desta seja do Henry Selick, o roteiro do Tim está lá e as canções estão por toda parte, assustadoras e viciantes. Por fim, seria falta de cortesia não citar as trilhas sonoras de suas obras, geralmente contando com a brilhante sensibilidade do Danny Elfman.
Em Sweeney Tood, o protagonista é Benjamim Barker (Deep), um barbeiro mandado injustamente para a prisão pelo juiz Turpin (Alan Rickman), sendo assim obrigado a se afastar de sua mulher e filha. 15 anos após o incidente, agora liberto, Ben assume uma nova identidade: Sweeney Tood, tramando um diabólico plano de vingança utilizando suas habilidades com as navalhas, contando com a ajuda da srtª Lovett (Carter), que mantem uma loja de tortas onde antes existia a barbearia de Barker.
Preparem-se para muito sangue e coisas igualmente desagradáveis. E música, muita música! Com uma atmosfera pesada, utilizando-se de cores frias em uma fotografia de baixa saturação, característica essencial das produções de Tim Burton, Sweeney Tood é um musical de terror, algo que, particularmente, não havia passado pela minha cabeça até o momento da exibição.
Tudo é muito macabro, porém, apesar de ser reconhecidamente relutante em assistir obras do gênero, a trama é envolvente e prende o necessário para que você fique vidrado esperando pelo grande desfecho. As atuações são ótimas e realmente me surpreendeu positivamente a perfomance musical do Johnny Deep, visto que ele se recusou a realizar aulas de canto e ensaiou sozinho suas canções. Não há como negar que cantarolei "My Friends" inconscientemente algumas vezes após o término do filme.
É um musical do Tim Burton, ponto final. Quem conhecer as obras do diretor e tiver certo apreço por estas, encare com o peito aberto. Caso contrário, nem tente, esse não é um musical qualquer.
At last! My arm is complete again!
2 comentários:
Acredito que o momento mais insuportável da trama era quando o cara cantava:
I feel you JOHAAAAAAAAANNA! (hahahaha).
Não gosto de musicais, mas este é um dos raros filmes do gênero que eu gosto.
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