quarta-feira, 20 de junho de 2012

A garota da capa vermelha

Gênero: Fantasia/Suspense/Romance
Direção: Catherine Hardwicke
Ano: 2011
Esse texto poderia, e eu posso até ser enfático e dizer DEVERIA, ser escrito pela Dayane Abreu na sua coluna "Filmes para não se ver". No entanto, enquanto a Day se propôs a ver filmes ruins propositalmente, em me deparei por acidente com essa "maravilhosa" produção e, por favor, sintam o sarcasmo de minhas palavras.
Com o intuito de criar uma releitura da clássica história da Chapeuzinho Vermelho que, sejamos francos, existe bem antes das fábulas infantis animadas e apresenta sim um conteúdo mais sombrio, A garota da capa vermelha, dirigido por Catherine Hardwicke, a mesma do filme Crepúsculo (não confundam o filme com a saga, ela dirigiu apenas o primeiro), vem na mesma onda que garantiu sucesso aos vampiros iluminados, com um ar misterioso, figuras do folclore popular europeu e um triângulo amoroso envolvendo dois caras e uma mulher. Okay, não temos vampiros, mas o ser licantropo está lá, sendo sua identidade desconhecida a grande incógnita.  Não vou entrar no mérito do trio Edward/Bella/Jacob, por sinal minha opinião é bem neutra em relação aos filmes adaptados da obra de Stephenie Meyer, mas mesmo com todos os seus problemas, a saga Crepúsculo consegue ser melhor do que qualquer coisa que aparece nessa versão da história da garotinha, sua avó e um certo lobo. Então vamos a uma breve sinopse.
Calma, calma. Esse cara do meio não é o pai da Bella? Ele só tem filhas problemáticas!
 Valerie (Amanda Seyfried) é uma jovem moradora de um vilarejo assombrado há gerações por um lobisomem que, durante a Lua de Sangue dá início a uma carnificina sem precedentes. No meio de tudo isso, ainda há espaço para o seu interesse romântico pelo jovem Peter (Shiloh Fernandez), o que é complicado pelo fato da garota estar prometida pelos seus pais para outro rapaz, Henry (Max Irons), tornando sua vida ainda mais complexa do que esta já seria por simplesmente viver em um local ameaçado por um licantropo sedento por sangue e mortes, coisa pouca, né?
E o filme erra em tudo. A narração principal é triste, a atuação sem carisma do trio principal é desempolgante, me fez torcer pelo sucesso do lobo, sinceramente. O cenário extremamente artificial dá um ar tão inverossímil que, parafraseando uma das maiores citações do filósofo Chaves, eu preferia ter ido assistir o filme do Pelé! Sim, existe uma capa vermelha e uma avó para a protagonista, o que rende uma das cenas mais desprovidas de propósito que já vi em um filme:
- Que olhos grandes você tem. - Queriam fazer uma referência ao clássico, mas precisava ser tão ruim assim? Precisava MESMO?
O melhor do filme é a atuação do Gary Oldman como um padre ~sangue no olho~ matador de monstros, mas seu papel foi pobremente explorado, uma pena mesmo. Se o filme se chamasse O Padre Matador de Lobos e focasse no Oldman seria infinitamente mais divertido.
É isso, não recomendo pra ninguém, caso queiram assistir, já estão avisados. Espero que Branca de Neve e o Caçador, estrelado pela Kristen -Swan- Stewart, tenha mais sorte.


2 comentários:

Marcio Melo disse...

Na época até tive uma curiosidade mórbida em assistí-lo, mas o tempo foi passando, passando...

É melhor esquecer e deixar pra lá pelo visto hehehe

Cecilia Barroso disse...

Para não dizer que esse filme é um equívoco completo, ele tem um visual fantástico.
Qualquer desavisado que veja as cenas no trailer pode se interessar em assistí-lo, mas é melhor manter distância...

Postar um comentário