segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Her

Não assista "Her" se você não gosta de filmes que te deixam com um vazio... Ou de filmes com finais subentendidos.
Você não deve assistir se achar que não está preparado(a) para algumas questões que a história deixa na sua mente. Por exemplo: você seria capaz de amar algo que não é real? Quantas vezes você não sentiu que estava se apegando apenas a uma projeção, a alguém idealizado? Quando as coisas não dão certo no "amor", a sua carência o(a) torna vulnerável? Quão profundo e verdadeiro pode ser um relacionamento artificial?
Sei que parecem coisas simples, mas o roteiro te conduz de forma que você se depare com essas e outras perguntas, uma após a outra, e cada vez que se encontra uma resposta, surgem outras dúvidas, e ao mesmo tempo alguns fatos fazem você mudar de opinião e se perder.
Sei lá. Tem momentos em que você se permite se apaixonar pela Samantha. Tem momentos em que você se pergunta se ela está sendo honesta. Certo, mesmo que ela esteja sendo honesta... Será que ela não foi simplesmente programada pra ser tão irresistível
Esse filme me deixou inquieta, agoniada, ansiando por um final com respostas que não tive. É muito difícil aceitar que alguém possa ser genuinamente feliz vivendo um romance não convencional. Porém, não existem romances convencionais. Cada história de amor é única. Nunca se pode garantir a eterna, completa, e leal entrega das partes envolvidas. Também é difícil aceitar que a felicidade é possível em uma ilusão, mesmo quando se sabe que é uma ilusão.
No cinema, assim como em outras artes, o amor não possui limites. Já assisti vários tipos de casais, e até mais que casais, felizes, infelizes, cheios de vida, assombrados pela morte... Mas nunca um casal me fez sentir tão bem e tão mal quanto Theodore e Samantha. É maravilhoso. E é doloroso.

"Qualquer um que se apaixone é uma aberração, é uma coisa louca de se fazer, é como uma forma socialmente aceitável de insanidade".

1 comentários:

Marcio Melo disse...

Realmente não existem (pelo menos não deveriam existir) limites para o amor e para as formas de amar.

Achei um filme excelente e, no meu caso especificamente, não me deixou com um vazio não, me deixou emocionado e até feliz com essa linda história, ainda que o final seja "subentendido" ou não muito "alegre", digamos assim hehehe

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