quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Trampolim do forte



Não se preocupem o Reviews não foi invadido (ou foi, rs). Sou Duda (vamos facilitar as apresentações) e tentarei a pedido do Rafa fazer colaborações aqui no blog. Sou estudante de Comunicação Social - rádio e TV. Bem que poderia ser acrescentado ai o cinema, mas isso é só um fator burocrático, porque somos ousados no curso e nos envolvemos também nesse mundo de pandora.
Bom! Cuidarei especialmente das produções independentes, longas, curtas, vídeos-minuto, enfim, tudo que for de interessante e não interessante nesse mundo louco das produções de baixo custo. Que é o que acontece muito aqui no nosso Brasil.
Não me sinto gabaritada, mas já gabaritando. Vamos ao: Trampolim do Forte. Um longa-metragem de ficção e baiano (dão licença), vencedor do prêmio do Ministério da Cultura, através do edital de produção de baixo orçamento em 2006. Sua produção deu-se em 2008.
Ainda em festivais nacionais e internacionais, mas previsto para ser exibido em meios comerciais, como TVs abertas e fechadas, a produção está arrebatando prêmios e elogios.
Filmado na Barra, Trampolim do Forte é um filme que busca dialogar com um grande público, mesmo com temas que muitas vezes são estigmatizados pelo público com relação ao cinema brasileiro. Contudo, a excelência técnica e artística faz dele um ideal de filme que equilibra temas sociais (IMPORTANTES E REFLEXIVOS) e puro entretenimento. 

É no Trampolim do Forte (Sim, esse ponto no porto realmente existiu e voltou a funcionar durante as gravações) que meninos como Déo (Lúcio Lima) e Felizardo (Adailson dos Santos) (personagens encantadores e de excelente atuação), moradores humildes do Porto da Barra se encontram para fazer do trampolim e do mar um ponto de refúgio. São dramas que esses meninos enfrentam no dia-a-dia (observado in loco, visto que o roteirista era frequentador assíduo do local) e que traz a tona uma reflexão do que deveria ser a infância desse grupo de amigos, sem a exploração infanto-juvenil, delinquência, preconceito e pedofilia (com Tadeu, “o rei das criancinhas”, que segundo o roteirista foi retirado do imaginário local no período de sua infância), drogas e crítica religiosa (é preciso cuidado nessa avaliação). Enfim, mas não se assustem pessoas, o mais belo em todo esse drama é a forma com que o roteirista foi fino ao tratá-la, sem apelo, conseguindo equilibrar: aventura, drama, suspense, humor, romance e poesia imagética (Põe poesia neste filme! A primeira cena revela todo o caráter restante do filme. É o segurar de fôlego para logo em seguida mergulhar em águas intensas e acalentadoras).
Por fim (UFA), Edição, roteiro, direção geral, direção de atores e a fotografia são brilhantes. Belas imagens no Porto da Barra que devem ser guardadas especialmente na memória.
Vamos incentivar nossas produções, galera. Não percam nos cinemas ou em DVD.

PS: Esse longa-metragem foi exibido na MUSA (Mostra Universitária Salobrinho de Audiovisual – Salobrinho), UESC, Ilhéus, Bahia. Ano que vem convido vocês.
PS: Emocionei-me com o ator mirim Adailson no debate. E
fiquei muito motivada com incentivo ao nosso cinema pelo diretor João Rodrigo Mattos.
PS: Talvez façam comparações com Capitães de Areia, mas no debate ao vivo e a cores o João Rodrigo diz que nunca nem leu Capitães.
PS: Na próxima indicação prometo não escrever ta
nto, prometo não abrir tantos parênteses e nem muitos “PS’s”.

1 comentários:

Rafa Cruz disse...

Excelente contribuição, um olhar diferente sobre o cinema. Parabéns! =D

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