Gênero: Romance/Drama
Direção: Jonathan Dayton, Valerie Faris
Ano: 2012
Direção: Jonathan Dayton, Valerie Faris
Ano: 2012
Ruby Sparks me fez voltar a escrever.
Embora simples e curta, trata-se de uma frase emblemática, já que o filme se inicia com um escritor em crise de criatividade que encontra em sua nova personagem tudo aquilo que buscava pra dar uma guinada na vida. A produção é uma agradável surpresa cinematográfica, diante das minhas últimas e fracassadas tentativas de assistir algo digno de atenção.
Calvin (Paul Dano) é um jovem prodígio literário que após fazer enorme sucesso com um livro enfrenta um bloqueio de escrita que o impede de seguir adiante. Porém sua rotina solitária muda completamente quando, depois de escrever em sua máquina de datilografar sobre uma intrigante e atrativa personagem, ela simplesmente ganha vida e aparece na sua casa: essa é Ruby Sparks (Zoe Kazan).
Ela existe? Caso ela exista, como isso é possível?- Sim, você vai se perguntar isso, mas creio não ser esse o elemento chave da história, não se preocupe tanto com tal questão. É um filme sobre a solidão, o modo como enfrentamos os problemas e a necessidade de adequação mediante os relacionamentos interpessoais.
Seguindo meu esquema quase sempre ilógico de parágrafos, prefiro começar falando da trilha sonora. As músicas ficaram por conta do DeVotchKa, o mesmo quarteto responsável pela trilha do excelente Pequena Miss Sunshine e sim, aqui eles também fizeram um ótimo trabalho. E falando em Sunshine, é importante ressaltar que os diretores de Ruby Sparks também trabalharam juntos na história da pequena garota que sonhava em ganhar o tal concurso de beleza. Ambos são filmes encantadores e aqui temos que dar o devido crédito aos diretores, que souberam conduzir suas obras com uma apurada sensibilidade, sem torna-los dramas piegas ou muito menos comédias escrachadas, tudo na medida certa.
O casal de protagonista demonstra uma excelente sintonia passando toda emoção necessária para o telespectador. Interessante mesmo é, depois de ter assistido, descobrir que a Zoe Kazan também assina o roteiro da produção. Certamente é um bom nome pra se ficar atento em futuras películas. Há quem compare com (500) Dias de Verão e alguns vão mais longe buscando referências em Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças. Todos os três são filmes muito bons e merecem o seu devido lugar de destaque, mas cada um segundo o seu mérito. São obras notáveis, entretanto diferentes.
Por fim (embora o texto já tenha rendido mais do que o que deveria e a essa altura você já está cansado de ler, a menos que tenha pulado alguns parágrafos): é um daqueles dramas românticos clichês?? Não mesmo. Citando o nosso parceiro nesse mundo de blogs, Porra Man!, um lêmure malgaxe foi salvo por conta dessa fuga das obviedades. Recomendo essa excelente produção pra todos aqueles que já estão saturados de comédias românticas nas quais a Katherine Heigl faz o seu mesmo personagem estereotipado, não importa em qual situação esteja.
2 comentários:
Como é bom ver romances assim, melhor que isso mesmo só a salvação dos pequenos e lindos lêmures de madagascar da morte por fome, isso é triste.
Para mim foi um dos melhores do ano
esse filme poderia passar hj na globo ñ Ghost q ja passa pela milionésima vez...
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