domingo, 31 de março de 2013

Django Livre

Gênero:Ação/Western
Direção: Quentin Tarantino
Ano: 2012
 
De fato, eu sou uma pessoa extremamente suspeita para falar sobre Quentin Tarantino. Isso significa que tudo que ele produz é maravilhoso? Claro que não, mesmo sendo responsável por filmes que eu considero excelentes, como Cães de Aluguel (1992) e  Pulp Fiction (1994), tenho o senso crítico pra reconhecer que ele não é perfeito e pode errar feio. Entretanto, quando seu nome é anunciado para um novo projeto, as chances deste ser notável são altas, afinal é Tarantino e nesse caso específico, um western de Tarantino! Tinha como dar errado? 
Claro que sim, mas não deu e o resultado é um deleite para o telespectador acostumado ao estilo peculiar desse excêntrico diretor.
 Django (Jamie Foxx) é um escravo que após ser liberto pelo Dr. King Schultz (Christoph Waltz), passa a o auxiliar no seu trabalho de caçador de recompensas. Os dois criam um forte laço de amizade e o doutor decide ajudar Django na missão mais importante de sua vida: libertar sua mulher, escrava em uma fazenda comandada por um excêntrico proprietário.
Se valendo de uma narrativa muito mais linear do que seus projetos anteriores, mesmo sem a famosa esquematização didática em capítulos e o enlace de várias histórias que parecem desconexas, o longa transborda as marcas registradas do seu diretor/roteirista. Com diálogos que de tão absurdamente banais se tornam interessantes e, em alguns momentos, hilários (destaque para a cena da discussão sobre o capuz), sequências longas que mantem a tensão a níveis alarmantes e enquadramentos de câmera que captam toda a emoção presente mesmo sem qualquer palavra, Django Livre é um legítimo Tarantino.
O elenco demonstra uma sincronia maravilhosa, o que reflete a liberdade que os atores tiveram para desempenhar os seus papéis do modo mais divertido possível. Jamie Foxx está excelente no papel de Django, Christoph Waltz mais uma vez demonstra que nasceu pra atuar nos filmes do Quentin (ele ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por Bastardos Inglórios e agora repetiu o prêmio em Django Livre) e Samuel L. Jackson é reponsável por momento impagáveis, um legítimo motherfucker. E sim, ainda temos o Leonardo DiCaprio fazendo muito bem o seu trabalho, demonstrando o porquê de eu o considerar um dos maiores atores da atualidade. 
Possivelmente um telespectador desavisado, que por algum acaso da vida não tenha assistido Kill Bill, Bastardos Inglórios ou alguma outra produção tarantinesca possa se assustar com a violência e os plot twists presentes em praticamente todas suas produções. Não foi o meu caso. Tudo já era bem aguardado e foi do jeitinho que eu esperava de uma obra desse que é considerado por muitos um mestre do cinema. Pra finalizar sem me estender ainda mais, preciso só parabenizar a trilha sonora do filme, muito boa, mas sobre isso você pode ter mais informações nesse texto publicado no Música e Cinema.
DJANGOOOOOOOOOOOOOOOO! ♪ ♫ ♪

p.s.: Assistir a esse filme aumentou minha vontade de jogar Red Dead Redemption no ps3!

1 comentários:

savina rock disse...

filme muuiittoo bom!!

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