Código de Conduta

O plano inicial era assistir um filme temático natalino.Sabe como é, Natal chegando, queria dar um ar climatizado pra essa espelunca aqui. Estava em cartaz OS FANTASMAS DE SCROOGE, animação que se vale de tecnologia semelhante a usada em O EXPRESSO POLAR, e que contava com Jim Carrey no elenco de um clássico conto natalino. Já havia lido o livro há alguns séculos, no ginásio, lembro de ter gostado. Dormi no ponto, o filme saiu de cartaz. Só me restava Lua Nova ou Código de Conduta. A idéia de ver vampiros brilhando na luz do Sol novamente não me era tão agradável ao pensamento, apostei minhas fichas na outra opção.
E lá fui eu, com a inseparável Coca-Cola, grande parceira de filmes, ver no que eu tinha me metido. Código de Conduta tem no seu elenco nomes renomados, como Gerard Butler (esse merece respeito, o cara foi um grande motherfuck ao atuar em "300") e Jamie Foxx, também conhecido, mas pelo qual não tenho nenhum comentário em especial.Aliás, até tenho. Acho o cara um fraco, atuação bem medíocre. E advinhem? Mais um filme que fala de vingança (é pura coincidência, sério!).O filme se inicia com Clyde Shelton (Gerard Butler) em sua casa, ao lado de sua filha e mulher. Abruptamente, sua casa é invadida por dois bandidos que imobilizam ele e sua família; um dos bandidos ( sempre tem um ladrão psicopata) mata a mulher e filha de Clyde e foge com o outro em seguida, Clyde, desmaiado, não viu o momento dos assassinatos, mas viu o momento em que o ladrão leva sua filha para um quarto. Por que não mataram ele?

Mais uma pergunta sem resposta, não espere esta ao decorrer do filme, ao menos eu não achei. Enfim, os bandidos são presos, mas um deles, justamente o  psicopata sanguinário, através de brechas no sistema penal,  faz um acordo com o promotor público Nick Rise ( Foxx) incriminando seu parceiro e, com isso, pegando uma mísera pena insignificativa. Não preciso dizer que isso não agradou muito Clyde, que após 10 anos, coloca em prática um plano sinistramente arquitetado para colocar abaixo os alicerces da justiça local e implantar seu regime de terror a todos que participaram daquele fatídico acordo.  
Onde o filme peca e onde ele acerta? 
Vamos as considerações. O filme é tenso, não espere nada menos que isso. O modo como Shelton planeja sua vingança, os jogos que faz com o promotor Rise, tudo isso, em algum momento, vai te lembrar de Jogos Mortais. É inevitável.Você vai acabar empatizando com o Clyde. O promotor é um zero a esquerda, um belo de um inútil. O filme te prende, você não quer perder nem o menor diálogo possível entre dois personagens secundários ( menos o casal que estava na minha frente, que, faziam movimentos estranhamente suspeitos, mas isso não vem ao caso).Os diálogos são até bons e as cenas de ação são bem feitas. Onde essa bagaça peca? Nas "coincidências" grandemente forçadas e no final extremamente paia. Não vou dar detalhes, pra não estragar a alegria de ninguém, mas o fato do personagem não ter sido morto inicialmente, do bandido ser solto, do Butler sair de um mero cara em busca de vingança pra um Jigsaw, mestre das artimanhas maléficas que matam antes que o cara nem pense, são só alguns fatores que se mostram artificiais no roteiro. E o final? Bem, mais uma vez temos a "burrificação" ( criei uma palavra? \o/ ) de alguns personagens, que passaram de super interessantes para idiotas. Sinceramente, depois de sair do cinema eu não estava nem aí pra esses defeitos.

"Aquilo foi tenso, prendeu minha atenção, mereceu meu respeito momentâneo."

 Se suas opções se resumirem a Código de Conduta e Lua Nova, deêm um headshot nesses vampiros que se alimentam de bambis e vejam o Butler atuar muito bem, mostrando que ele , definitivamente, não é ator de um papel só. Pra encerrar a noite, recomendo um milk shake de creme russo. Descobri que quando você está acompanhado de uma amiga que é funcionária da sorveteria se ganha certas vantagens no seu produto. Menos leite, mais sorvete, o melhor milk-s de creme russo que já tomei. #ficadica