terça-feira, 20 de abril de 2010

Ritual é um termo que pode ser definido como "conjunto de gestos, palavras e formalidades que integram certas cerimônias; cerimonial". Assistir um filme não deixa de ser uma um evento importante, portanto não é estranho que algumas pessoas possuam suas ações peculiares. Eu, por exemplo, sempre que vou ao cinema gosto de comprar um copo de Coca-Cola. Poderia ser outro refrigerante, mas sem nenhuma razão lógica, escolho a Coca (alguns podem dizer que é por possuir cafeína e tals, mas eu nem sou tão fã de Coca assim).  É um rito.Sempre que escrevo sobre alguma produção gosto de ouvir uma música que toca nela enquanto escrevo, ao menos nos filmes bons. Mais um. Antes de assistir filmes em DVD eu sempre leio a sinopse e observo bem a capa. Não deixa de ser outro rito. Mas dessa vez foi diferente. Cá estava eu com os dvd's de Corra Lola, Corra e Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças em mãos, mas não li as sinopses. O filme alemão, ao menos, eu já tinha uma noção após uma rápida pesquisa na internet, quanto ao outro eu só contava com a indicação do brother Erlo. E assim foi, lá fui eu sem a mínima noção do que encontraria. Incrivelmente não vou me prolongar muito, quero que quem assista vá na mesma sensação que eu: Mais perdido do que os personagens que irão ver. Mas adianto aqui que se trata de uma produção espetacular.

Vou tentar falar alguma coisa sem entregar muito da história. Na trama temos um drama sobre relacionamentos e como lidamos com a perda, rejeição e as lembranças, como explícito no título do filme.Vemos ótimas atuações dos personagens, que por sinal, são bem conhecidos. No elenco temos um incrível Jim Carrey me provando que não é apenas um ator de humor estereotipado. Na verdade O Show de Truman já havia me mostrado um pouco disso, mas não gostei tanto de 23, embora tivesse expectativas altas neste. Temos uma Katie Winslet alucinante, vivaz, totalmente a vontade no seu papel. Encontramos ainda ótimas tramas secundárias com Kirsten Dunt, Tom Wilkinson entre outros.Um começo altamente estranho precedido por uma história cada vez mais complexa e apaixonante. É, apaixonante!A produção teve um alcance pessoal. Era algo que eu precisava assistir no momento, não me pergunte o porquê.
O modo com lidamos com as lembranças e a realidade é uma temática altamente atrativa e o filme a retrata de um modo singelo e tocante.Como disse, não quero estragar a surpresa de ninguém, apenas assistam, qualquer coisa conversamos depois sobre ele. Ah, eu escrevo essas frases ao som de um música que toca no filme.Certos ritos são interessantes quando quebrados, mas outros devem permanecer intactos.

"Feliz é a inocente vestal; Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida. Brilho eterno de uma mente sem lembranças; Toda prece é ouvida, toda graça se alcança."
Alexander Pope

3 comentários:

francinebittencourt disse...

Tava revendo esse filme e pesquisando achei seu blog. Gostei muito. Abraço Queria ser Clementine, mas sou Francine.

Marcio Melo disse...

Um dos melhores filmes que já assisti!

Dayane Abreu disse...

O interessante é que eu assisti o filme todo esperando o Jim Carrey fazer alguma besteira. É difícil desassociar a imagem cômica dele.

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