domingo, 11 de abril de 2010

Tempos otakus - parte [1]

Otaku é uma definição que pode soar meio pejorativa, nunca fui fã dessa nomenclatura, mas creio que ela até caia bem nessa série que inicio aqui.Esse ano estava com plano pra algumas séries temáticas, talvez essa seja a chance do pontapé inicial. Como fica explícito no título, esse post faz parte de uma sequência que consistirá em 3 textos: O primeiro, sobre os maiores embates dos animes.O segundo, sobre os personagens secundários que roubavam a cena. O terceiro, sobre as músicas mais marcantes. Pessoas que curtem a animação japonesa e os mangás podem ser definidas como otakus, mas o termo tem uma simbologia muito maior, sendo aplicada com mais ênfase para os fanáticos pelo assunto, o que não é meu caso (já que larguei essa vida e nunca mais vi alguma produção"made in nipon"). Por isso me definia mais como um "admirador da animação japonesa", fica mais cool =D
Mas vamos ao objetivo dessa primeira parte:

OS GRANDES EMBATES DA ANIMAÇÃO JAPONESA 


Spike e Vicious (Cowboy Bebop)


Na primeira vez que Spike aparece em cena, ao som de uma das mais belas canções que já soaram em um anime (Memory), o telespectador já se afeiçoa de cara a ele. Cabelo desgrenhado, um andar deslocado e uma mira altamente precisa. Aí depois somos apresentados a Vicious, um sujeito misterioso, com cabelos acinzentados e longos e que sempre está acompanhado de seu urubu sua ave de estimação ( esse bicho teve um papel crucial no fim da trama!). Spike e Vicious eram parceiros em um sindicato (mas não um tipo a CUT), até que a relação dos dois começou a ficar tensa. E por qual motivos dois homens brigam? Uns podem dizer futebol, política e religião, mas nada predomina tanto quanto a mulher amada! E aí a trama se desenrola, entre alguns encontros explosivos e alguns episódios afastados.Destaque pra o episódio 5 (Ballad of Fallen Angels).



 L e Raito (Death Note)

 Alguns consideram esse o maior embate já presenciado em um anime. Não é pra menos, a luta altamente estratégica entre essas duas mentes geniais não poderia terminar em outra coisa! De um lado o melhor aluno do Japão, do outro o melhor detetive do mundo. Poderia acabar mal? Acabou! Em uma péssima reviravolta os roteiristas destruíram o que tinha tudo pra ser o melhor anime que já vi. Mas não é por isso que eu vou menosprezar os maravilhosos embates de inteligências entre esses dois personagens fantásticos. Incrivelmente o maior destaque pra o Raito, em minha escolha, fica pra o episódio 5, em uma dos melhores episódios da série...porém ele não contracena com L nesta parte!


Lelouch e Suzaku (Code Geass)

Tudo aquilo que Death Note poderia ser. É assim que defino Code Geass, um anime genial! Lelouch, o protagonista, é descaradamente meio que uma versão do Raito, porém com algumas modificações relevantes. O homem por trás de um mito, Zero, líder de uma revolução espetacular, mestre do xadrez e da estratégia. Lelouch OOOOOWNA! =D
Mas como se trata de um embate temos a outra face da moeda: Suzaku. Um grande fracassado e pronto. Um dos personagens mais antipáticos, ao menos em minha opinião. O cara é um grande traidor e embora em determinadas ocasiões demonstre boa intenção, nunca faz nada de útil.Tá, tá, vou parar com isso, vai que você assista e goste dele...mas ainda assim ele nunca será um oponente digno pra Lulu, talvez esse papel tenha sido melhor aproveitado pelo Schneizel.

Brandon e Harry (Gungrave)

Sem dúvidas, essa foi a relação de antagonismo mais emocionante que já assisti. E paradoxalmente, embora sejam grandes rivais, Brandon Heat e "Bloody" Harry se mostram como um exemplo de amizade absurdamente interessante. De apenas garotos de gangue, sem pretensões e leis, ao mais alto escalão da máfia. Um com sua habilidade incrível com as armas, o outro com um discurso altamente sedutor. Seriam imbatíveis, se a sede de poder ilimitado não intervisse na situação. Traição, máfia, irmandade, Gungrave foi o anime que mais me emocionou.Podemos acompanhar a trajetória de como uma grande relação fraterna se fragmenta lentamente.O primeiro episódio da série é totalmente estranho, pois não segue a linha cronológica do enredo, mas após o segundo episódio eu realmente não conseguia mais parar! Os capítulos finais foram altamente tocantes e sempre serão lembrados com muito saudosismo por mim. Definitivamente fechou a trama com chave de ouro.


Vash e Knives (Trigun)

Como um cara tão desajeitado pode ter uma recompensa tão grande por sua cabeça?! Essa é a primeira coisa que a pessoa pensa ao ver Vash, The Stampede em ação. O cara é um grande figurão, altamente cômico e cativante.Porém que isso não engane a ninguém, Vash é realmente um perito quando o assunto é destruição com suas armas! Trigun é do mesmo criador de Gungrave, talvez por isso tenha simpatizado tanto por ambas as obras. Descrever a relação entre Vash e Knives sem expor muita revelação do enredo é complicado, até porque Knives só entra realmente na trama após um certo tempo. O que me cabe é destacar a dualidade existente entre ambos, em que um busca o equilíbrio através da preservação e o outro é totalmente fascinado pelos caos. Ao longo disso ainda temos uma bela mensagem de reflexão acerca de nossas escolhas e atitudes. Ação, drama e humor, uma boa pedida.

Pois bem, encerro a primeira parte dessa série aqui. Espero que tenham gostado e aguardem as continuações!

3 comentários:

Dayane Abreu disse...

Quero um "maiores embates do cinema" e um "maiores embates dos games".
\o/

Rafa Cruz disse...

Maiores embates do cinema até que pode rolar, mas do games fica complicado. Tipo, os personagens iam ser todos concentrados em jogos de super nintendo! hahaha
Afinal, marcou minha infância e a de muita gente também. Até hoje não entendi a rivalidade entre gorilas e jacarés de Donkey Kong! haha

Tsu disse...

Bom post...mas sabe, nao acho que Lelouch seja tão fodástico assim como muitos fãs defendem fervorosamente. Acompanhei a série e tudo o que vi ali foi um Lelouch Cazuza: grande potencial mas que deixou-se ir levando para uma rebelião que ELE não precisava.
Mas enfim falar dele seria escrever demais. Acho nesse ponto, Light mais genial que ele. Lelouch tem o ponto fraco que é Nunally...e isso o faz sempre cometer erros.
...acho que em termos de melhor estrategista ali sempre foi Scheneizel.
Eu até gostei da vitória de Light sobre L naquele ponto. Algo que ninguém esperava...o momento em que o "mocinho" perde...momentos inesperados são ótimos.
Te seguindo o/

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