Gênero: Ficção científica, Ação
Total de episódios: 24
Ano de Lançamento: 2008
Há algum tempo venho mostrando em certos textos, inclusive em uma série deles, o quanto eu gosto das produções japonesas quando o assunto é animação. Acontece que após algum tempo, mais precisamente desde o começo desse ano, meu interesse foi cada vez menor na procura por novos títulos, resultando em uma produtividade 0 quando o assunto era assistir alguma série.Porém, depois de conversar com uma amiga, a mesma que me indicou o excelente Ergo Proxy, surgiu a vontade de voltar a conferir algum título. Foi aí que surgiu Blassreiter e a premissa acabou chamando minha atenção. Dessa vez me certifiquei que ela tinha assistido toda a série antes de me recomendar ( pois, acreditem ou não, apesar de me indicar Ergo Proxy ela só veio chegar ao fim cerca de um ano depois de mim, acho).
E Lá vou eu,voltando a velhos hábitos mesmo em um período repleto de provas e outras ocupações mais importantes. Não lembro com precisão perfeita, mas terminei os 24 episódios em um tempo extremamente curto, acho que cerca de 4 dias, mais ou menos.
Blassreiter se inicia com o enredo centrado na Alemanha em um determinado tempo no futuro. A população convive com a presença de uma grande ameaça após o surgimento de estranhas criaturas denominadas Demoniacs (ou Amálgamas) que causam grande destruição e mortes por onde passam.Para cuidar de casos envolvendo essas criaturas foi criada uma força especial chamada XAT. Antes se acreditava que esses Demoniacs surgiam apenas de pessoas mortas, mas com o surgimento de um caso de transformação envolvendo uma personalidade bem conhecida a situação toma proporções gigantescas e a trama se coloca em um caminho imprevisível.E como se não bastasse todos esses problemas o país ainda enfrenta a presença de um sentimento antigo muito devastador: o preconceito contra determinados grupos.
Blassreiter não é muito conhecido, pelo menos não aqui na região que vivo, porém é assinado por um dos melhores estúdio de animação na minha opinião, o Gonzo, responsável por obras como Gankutsuou e Afro Samurai .
Temos ótimos personagens que são muito bem desenvolvidos ao longo da trama como os membros da XAT Amanda, Herman, Brad e Al, com um destaque pessoal pro Herman, um um personagem que, apesar de ser um tanto quanto cabeça dura, demonstrou atitudes incríveis. Temos também Joseph Johnson, um cara misterioso que com o passar dos capítulos nos revela realmente quem é, possuindo ótimas cenas de flashback que eu realmente achei muito boas. A trama possui ótimas cenas de ação usando e abusando do 3D na modelação dos Amálgamas ( o que em determinados momentos é interessante, mas em outros se mostra estranho lembrando aquele desenho bizarro do Max Stell). E como não poderia faltar somos envolvidos em uma grande teia de conspirações, intrigas e traições que te deixa preso sempre querendo saber o que acontecerá no próximo episódio. Posso dizer que fiquei realmente preso no que cada cena me traria, o que considero essencial para a boa qualidade de um anime. A história não é apenas ação, somos levados a reflexões relacionadas aos relacionamentos humanos, a ganância pelo poder, o questionamento sobre pensamentos filosóficos e religiosos além de problemas ainda atuais como a xenofobia. Algo que realmente me decepcionou na história foi o seu final.
Na verdade o que eu senti do roteirista foi um forte desejo de agradar a todos, entende?
Enfim, não me agradou tanto e pronto. Além do quê algumas motivações e explicações explanadas na história não me convenceram tanto.Mas Blassreiter conseguiu cumprir o seu objetivo principal com proeza. Me devolveu o interesse nas animações japonesas, tanto que atualmente acompanho Gundam 00, da Sunrise.
Pontos fortes: Personagens cativantes (e alguns irritantes), ótimas cenas de ação, além de uma história bastante inovadora e intrigante.
Pontos fracos: Abuso do 3D em determinados momentos e final não tão condizente com o que eu vinha acompanhando.
Nota: 7,5
1 comentários:
Good!
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