Sempre fui fã de filmes épicos, mas até então não havia me atentado para o longa do Rei Arthur. Na verdade, a vontade de assistir o filme surgiu após um colega de faculdade me emprestar um jogo de play 2 baseado no filme. O game é basicamente um hack and slash intercalado por cutscenes do longa metragem. A cada fase completada era exibido um pequeno trecho do filme o que foi despertando em mim o interesse de conferir do que se tratava. Foi então que cheguei em um impasse. A cada momento que me aproximava do fim do jogo eu era bombardeado com famigerados spoilers nas scenes, o que me deixou a opção de terminar logo o jogo e ver qual o final da história ou então assistir de uma vez o filme.Decidi assistir o filme. E antes que eu continue falando dele, aproveito o momento pra dizer que o jogo para playstation é ótimo, principalmente por permitir a opção multiplayer pra uma obra do gênero, algo meio escasso no mercado (ao menos não consegui achar mais jogos parecidos).
Rei Arthur é uma produção de 2004 com Clive Owen no papel principal. Somos apresentados a uma versão que busca se aproximar mais da veracidade do que da mitologia nesta renomada história famosa por seus personagens lendários e míticos. Arthur (Owen) é o líder romano de um esquadrão composto por cavaleiros de origem sármata, como Lancelot (Ioan Gruffudd), Tristan (Mads Mikkelsen) e Bors (Ray Winstone), que ocupam a Bretanha e antes de voltarem para seus lares, após longos anos de serviço, recebem uma última missão: devem adentrar em território inimigo e resgatar um jovem que possui um futuro promissor na Igreja.Tudo isso em meio a guerra entre bárbaros nativos, uma invasão saxônica e remanescente do Império Romano, que perderam seu poder no país e estão se retirando deixando tudo no maior caos. Últimas missões nunca são simples e logo o grupo da famosa Távola Redonda se vê em uma situação extremamente delicada.
Se você espera um filme de cunho mitológico, pode tirar o unicórnio da chuva. A visão apresentada para personagens como Merlin(Stephen Dillane), que agora é o líder dos bárbaros, ou o modo como Arthur adquiriu a Excalibur são retratados de um modo que busca uma situação mais próxima o possível na realidade. Gostei disso. Arthur e seus cavaleiros revelam o ideal de companheirismo e lealdade, além do paradoxo entre o líder cristão e seus companheiros pagãos, mostrando também em vários trechos a corruptibilidade e falta de escrúpulos praticados pela Igreja Romana na época. Temos todos os ingredientes necessários para um ótimo filme. Bors se mostra como o alívio cômico, aquele personagem que tira risadas em diversos momentos. E em Guinevere (Keira Knightley) encontramos uma forte representante do gênero feminino e uma ótima guerreira, além, é claro, de se constituir em uma personagem essencial para a trama romântica.
O filme tem ótimas cenas de batalha, com destaque pra clássica cena no gelo. Foi o que já disse, se você pretende ver Merlin soltando radukens ou batalhas contra feras e dragões, então está com o filme errado em mãos. Porém se busca uma ótima alternativa de diversão com boas cenas e diálogos, chegou no filme certo.
Quem foi de fato o Rei Arthur? Essa é uma pergunta que nem os pesquisadores alcançaram um consenso (digo isso baseado em um capítulo de "Os Grandes Mistérios do Passado"). Seja qual for, gostei da versão do filme. Sou muito relutante em atribuir nota para as produções que comento aqui (sei que é um método bom pra classificação, eu mesmo gosto quando vejo em outros blogs, mas ainda não consegui fazer igual! rs), mas Rei Arthur não merece menos que 8.
Diversão garantida.
Ps.: Será que só eu achei a Guinevere, em uma determinada cena de arco e flecha, a mesma coisa da Neytiri de Avatar?Até o plano de imagem! Sério, até a coloração azul! Enfim, só assistindo o filme pra entender mesmo! Incrível como não fizeram essa comparação ainda, mesmo James Cameron sendo bombardeado por críticas de plágio por todos os lados, hehe.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
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