Gênero: Ação/Drama
Direção: José Padilha
Ano: 2010
Capitão Nascimento é o grande ícone brasileiro, merecia até um feriado em sua homenagem. O fenômeno chamado Tropa de Elite, que deixou em euforia toda uma nação ganha uma continuação digna de sua qualidade primorosa, com menos bordões memoráveis, porém com críticas mais profundas ao sistema que rege nosso país.
Se em Tropa 1 tinhamos o treinamento dos aspiras, a juventude burguesa financiando o tráfico e o Baiano como dono do morro, essa sequência nos apresenta uma realidade muito mais ampla de um dos maiores problemas que enfrentamos: os inúmeros percalços na segurança pública. Após uma série de eventos iniciada em uma rebelião penintenciária, a vida de Nascimento passa por um turbilhão de transformações e ele se vê diante de um desafio muito maior do que qualquer um que já tenha enfrentado, representado pelas milícias e a corrupção enraizada nas entranhas do nosso sistema político.
Wagner Moura mais uma vez se destaca com uma interpretação brilhante do protagonista, um velho Nascimento, divorciado, pai de um jovem, que se vê diante da desilusão de ter acreditado em uma organização moralmente falida. Não preciso nem comentar a incrível direção do José Padilha, corroborando a sua imagem como um profissional de renome internacional, garantido a direção do remake da franquia Robocop. Já o Wagner garantiu um papel de vilão em Elysium, novo filme de Neill Blomkamp (diretor do excelente Distrito 9), que conta com nomes de peso no elenco, como Matt Damon e Jodie Foster.
Sou sincero em confessar que gostei muito mais do primeiro filme da franquia. As citações, os personagens, tudo é mais marcante e me fez querer assistir aquilo várias vezes. Porém isso não diminui a grandiosidade do segundo capítulo, que passa uma mensagem impactante e verdadeira sobre o nosso querido e defeituoso Brasil. IN PADILHA WE TRUST!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
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