domingo, 3 de julho de 2011

Pixar X Dreamworks


Um duelo de gigantes

  Eu sempre fui um fã das produções da Pixar, isso é inegável. A Pixar é uma fábrica de sonhos, um lugar onde as ideias ganham vida. E como um bom apreciador que se preze, uma das características mais primordiais dessa admiração é, sem dúvidas, comparar as produções deste estúdio com o seu maior rival, a Dreamworks, e perceber que essa última não consegue atingir a genialidade e excelência da primeira em nenhuma estância (isso é que é uma opinião imparcial! rs).

Alguém, afinal, teria argumentos sólidos pra questionar a superioridade em roteiros como os das aventuras vividas por uma turma de brinquedos (Toy Story), um ratinho que sonha em ser um chef gastronômico (Ratatouille), a sensibilidade de um pequeno robô em um mundo pós-apocaliptico (Wall-E) ou um senhor que decide amarrar centenas de balões em sua casa e viver uma promessa feita à esposa (Up)? E eu nem falei da qualidade técnica de animação e as trilhas sonoras maravilhosas, como a composta por Michael Giacchino pra saga do simpático vendedor de balões Carl Fredericksen.

Entretanto, tenho a obrigação de ser justo. Apesar de desastres como FormiguinhaZ e Os Sem-Floresta, sem falar do terceiro capítulo da franquia Shrek (ainda não conferi o último), a Dreamworks também foi responsável por muitas obras interessantes e divertidas. O que falar do emocionante O Príncipe do Egito (1998) ou então de O Caminho pra El Dourado (2000) e até Spirit - O Corcel Indomável (2002), que contou com ótimas músicas de Bryan Adams na trilha original, substituídas na versão nacional por Paulo Ricardo (fala sério!)? Trazendo mais pra atualidade encontramos o eletrizante Kung Fu Panda (2008), o surpreendentemente excelente Como Treinar O Seu Dragão (2010) e o inteligente e bem estruturado Megamente (2010). Enfim, mesmo com minhas ressalvas, tenho que admitir: A Dreamworks tá crescendo no meu conceito. A minha preocupação só aumenta quando vejo que a Pixar decidiu investir na sequência de uma das suas produções, senão A PRODUÇÃO, mais fraca até agora: Carros! Não dá pra entender a vantagem disso, além, é claro, da utilidade dos personagens pra confecção de brindes no McLanche Feliz. Só pode ser isso, sério!

É claro que o mercado das animações não se resume apenas nesses dois colossos do ramo. Os estúdios Ghibli (Princesa Mononoke; A Viagem de Chihiro) e o Blue Sky Studios (a franquia Era do Gelo) também fazem bonito na disputa desse competitivo mercado cinematográfico.
Todos esses fatos apenas consolidam a ideia de que as animações, há muito tempo, deixaram de ser apenas "desenho para crianças" e vem ganhando um espaço cativo no gosto do grande público, o que pode ser constatado pelas bilheterias enormes que estes filmes arrecadam ao redor do mundo, além do sucesso em sites de críticas especializadas e indicações a diversas categorias em prêmios importantes.

Isso tudo só faz com que minha mente sonhe com um dia em que uma produção do gênero fature a categoria de Melhor Filme no Oscar (o que poderia ter acontecido de modo justo com Toy Story 3) e não fique apenas restrito na categoria de Melhor Filme de Animação.  O jeito é acreditar.


Epa, vai pra alguma lugar?!

p.s. Acreditem ou não, todo esse texto surgiu com a ideia de uma simples introdução em um post no qual eu explicaria o porquê de ter curtido Megamente, mas a conversa já fluiu tanto que eu decidi deixar essa postagem como um debate à parte!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu descordo. Vejo a Pixar e a Dreamworks como excelências da animação, mas não acho nem uma nem outra melhor. Gosto das duas da mesma forma..
=1

Unknown disse...

Você esqueceu de citar a própria Disney! Comprou a Pixar, mas pelo menos John Lasseter permanece firme em recusar a mania da Disney Animation Studios em adaptar contos já existentes, como uma forma segura de fazer sucesso. Uma coisa eu lhe digo com muita certeza, a pixar tem seu sucesso, assim como a Disney, pela magia que criam nas pessoas. Apesar disso ser encantador e bonito por outro lado é alienador (não sei que outra palavra colocar ai), pois pense bem, os personagens da Pixar e Disney são sempre de agrado ao público. Princesas ruivas, olhos azuis, A Princesa e o Sapo foi apenas uma jogada de marketing para vender com o encerramento dos filmes 2D.
Seu post foi de 2011, mas, já nessa época havia esse grande preconceito com a Dreamworks quando no fundo o problema desse estúdio é o de não criar personagens que vão de agrado imediato ao público! Eles estão fora da linha de padrão da Indústria Cultural ( apesar que voltam nela com sua obsessão em produzir filmes seguidamente sem descanso só para ganhar diheiro).
Enfim, a Pixar permanece com sua excelência de roteiros e a Dreamworks insiste em cair na onda da comédia de bichos....mas os tempos estão mudando, e se a Pixar permanecer caindo para o lado alienador e repetitivo Disney, é possível que mesmo com seus personagens feios e não chamativos, pelo menos a Dreamworkd dispare na frente nos Oscars, se tudo ocorrer justamente. :D

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